João Luis Jr.: “Troféu Cirino de Ouro – Os piores do Flamengo em 2018”

FOTO: GILVAN DE SOUZA/FLAMENGO

Ainda que esse tenha sido um ano em que o flamenguista não teve muito para comemorar – boa gestão financeira é ótima para o futuro do clube mas ainda não coloca estrela em camisa – nem por isso é um ano a ser esquecido. Gritamos para comemorar títulos? Não, mas levantamos a voz para xingar jogadores. Quebramos recordes? Não, mas vários de nós quase quebraram suas televisões. Pagamos promessas em gratidão por vitórias? Improvável, mas pagamos ingressos dos quais possivelmente nos arrependemos.

E como é apenas não esquecendo os momentos ruins que podemos impedir que eles se repitam, nasce aqui a premiação “Cirino de Ouro”, que visa não só reconhecer o trabalho dos jogadores que contribuíram diretamente para que cada um desses momentos desagradáveis pudesse acontecer, como também homenagear Marcelo Cirino, que chegou ao clube dizendo que não sabia se chegaria “ao porte de Zico” e mal conseguiu ser um Iranildo em nossos corações.

Vencedores do Cirino de Ouro 2018

Rômulo: Um dos atletas mais completos e consistentes do elenco, o volante mostrou que é capaz não apenas de errar tudo como também de errar sempre. Variando entre segunda e terceira opção na reserva, tem como única realização da temporada conseguir fazer com que torcedores pedissem a entrada de Piris da Motta, que, com toda sinceridade, a gente mal sabe quem é, pode ser um sócio do clube que pegou uma camisa e começou a treinar.

Pará/Rodinei: Dois jogadores que vivem num perturbador processo de simbiose onde Rodinei te faz achar que o Pará não é tão ruim e o Pará te faz achar que o Rodinei merece mais chances, foi com esse trabalho coletivo que eles tornaram a lateral-direita um dos maiores pontos fracos do Flamengo e deixaram os torcedores com saudade do Léo Moura, um jogador que três anos atrás se despediu do Flamengo porque já podia se aposentar pelo INSS.

Geuvânio: Outro jogador que não apenas não justificou sua contratação como mal teria justificado um passeio guiado grátis pela Gávea, Geuvânio é um atacante driblador que pouco atacou e quase nada driblou, se tornando ainda mais enervante por conta dos breves momentos em que você tem a sensação de que ele teria mais a oferecer do que uma presença descontraída no banco e um apoio incondicional ao amigo Dorival Junior.

Henrique Dourado: Exímio cobrador de pênaltis, o Ceifador infelizmente não se mostrou tão exímio em outras atividades ligadas ao futebol como o passe, a movimentação ou mesmo a finalização com a bola em movimento. Prejudicado ao mesmo tempo pelo estilo de jogo da equipe e pela infeliz condição médica de ter o corpo formado apenas por quinas, o artilheiro do Brasileirão 2017 esteve longe de justificar sua participação pelo Flamengo na temporada 2018.

Réver: Um líder dentro e fora de campo? Claro. Um jogador que sempre se dedica inteiramente a cada jogada? Com toda certeza. Um homem que atualmente você pode deixar na sua zaga disputando na corrida com jogadores de 22 anos? Aí realmente não. O xerife rubro-negro, apesar de disposto e muito bem-intencionado, deu nessa temporada claros sinais de que não tem mais as condições físicas necessárias para proteger a zaga rubro-negra e se mostrou para Léo Duarte menos um mentor e mais aquele tio com cara de maluco que em dados momentos te coloca em alguma situação chata.

Menções honrosasMarlos Moreno, porque demora mais tempo para sair um gol dele do que para mudar o ator que faz o Homem-Aranha; Diego e Paquetá, por serem jogadores essenciais mas que podem decidir passar um ou dois meses de sacanagem sem o menor aviso; Uribe, o atacante que ninguém sabia de onde veio e com certeza ninguém sabe pra onde vai; Trauco, apenas pra gente lembrar que sim, o Trauco ainda está no Flamengo.

Menção póstumaPaolo Guerrero, o jogador que mais tempo se manteve no Flamengo apenas por saber matar a bola mas acabou se despedindo quando a diretoria foi informada que matada de bola não vale gol.

Taça “meu primo disse pra investir em bitcoin”Vitinho, o atacante de 50 milhões de reais que se você sequestrar e pedir 50 milhões de reais pra família possivelmente eles vão achar que não vale a pena. “Talvez 20 milhões? 10 milhões, senhor sequestrador?”

Prêmio Matheus Sávio de jogador mais Matheus SávioMatheus Sávio, por mais uma temporada muito Matheus Sávio.

Medalha especial volante Luiz Antônio de profissionalismo: Diego Alves, por não apenas levar um frango marcante e decisivo contra o Ceará como também, ao perceber que a equipe vinha subindo na tabela, arrumar uma confusão totalmente desnecessária para garantir que o clima de confiança e animação não ia durar.

Prêmio especial de conjunto da obradiretoria do Flamengo por nos lembrar que dinheiro não apenas não compra felicidade como pode financiar tristezas que a gente nem sabia serem possíveis.

Reprodução: João Luis Jr. | Blog Isso Aqui é Flamengo

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