Coluna do torcedor: “Como nossos pais”

Mais um jogo do Flamengo, mais uma derrota, e pior que isso, outra atuação patética do time rubro-negro. Infelizmente, atuações aquém do que o time pode (e deve) produzir parecem rotina no clube mais querido do mundo, independente do resultado. As vitórias até aqui mascaram grande parte do pífio desempenho coletivo de um time que mais parece um bando e que, salvo as exceções, na teoria, é um elenco que não deveria corresponder dessa forma. As derrotas apenas tornam bem mais evidentes os problemas que temos enfrentado. Como bem sabemos tudo passa antes por uma cabeça: a do técnico.

Lamentavelmente, esse não tem mostrado nada que nos propicie o mínimo de esperança em dias melhores. O fracasso coletivo da equipe deve-se ao fato da insistência teimosa do atual treinador em táticas que até então nos trazem um sofrimento ímpar, de dar tristeza de ver o time jogar, ou num jargão bastante popular aqui em minha terra: “de fazer calo nos olhos”. E repito, trata-se de uma condição que independe de resultados. Na vitória e na derrota, sofremos com a falta de padrão e desorganização dessa equipe.

Mas mudando o foco, pois desse assunto além de fartos, somos todos nós, rubro-negros diplomados. Falemos um pouco da diretoria atual, que infelizmente tem se mostrado uma continuação da anterior no que se refere ao futebol, especialmente na insistência em manter a frente do nosso Flamengo um técnico sem ideias, que em quatro meses não nos deu padrão tático, ultrapassado e que costumeiramente nos confunde com o time das laranjeiras. O questionamento que precisamos fazer é: onde está o discurso do período eleitoral dessa diretoria?

Muitas foram as promessas sobre nosso maior departamento, especialmente que a postura iria mudar, não seríamos mais o time do ‘cheirinho’, que a ‘bananice’ iria acabar, que cobranças seriam feitas e que não aceitaríamos mais a postura conformista e passiva da gestão anterior. Mas não é o que estamos vendo, pelo menos não explicitamente.

Se existe alguma cobrança, ela não fica clara a nós torcedores, pois até então não vi ninguém cobrar o Abel nem os jogadores pelo desempenho medíocre do time na grande parte dos jogos, nem me recordo de qualquer confrade falando sobre isso. Não vejo o discurso das eleições posto em prática no mandato, antes, vejo mais do mesmo, uma repetição dos fatos, a perpetuação do jeitinho EBM de ser, isso se aplica do desempenho do time às entrevistas coletivas, passando antes pela tomada de decisão dos nossos gestores.

Como sabemos, os atuais cartolas são frutos de um racha da chapa azul, e apesar da expectativa gerada no torcedor, vejo que esses de hoje são os mesmos de ontem, espelhos que refletem um passado recente que não nos agrada. São os “filhos” do EBM e cia Ltda a frente do nosso Flamengo, nos deixando novamente a deriva nesse mar de incertezas sobre nosso futebol.

Isso me faz lembrar um trecho de uma canção do saudoso Belchior, que há dois anos nos deixava: “Minha dor é perceber, que apesar de termos feito, tudo, tudo, tudo que fizemos… Ainda somos os mesmos e vivemos, ainda somos os mesmos e vivemos, como nossos pais…”

Que Deus tenha misericórdia de nós, pois nosso horizonte é mais negro do que Rubro.

Rafael Rommel Monte Maia
Pai do Oliver e Rubro-Negro de alma e coração.


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