Qual foi o erro de planejamento do Mengão? Colunistas respondem

O fim de temporada vai chegando no Mengão. Após ganhar somente o carioca e perder os outros títulos que disputou —a Copa Sul-Americana encontra-se nas quartas de final—, resta apenas pensar em 2018. Afinal, qual foi o real erro de planejamento? Os colunistas responderam. Veja:

JERÔNIMO JUNIOR
O Flamengo, que se gaba tanto do planejamento, errou no… planejamento.

Errou quando contratou jogadores que vieram de lesões (como Conca, Rômulo e Rodholfo), errou quando não pensou nas opções, e nos fez disputar uma libertadores com Muralha, Vaz, Márcio Araújo e Gabriel. Errou quando só no meio do ano conseguiu um meia para substituir ou jogar com Diego e um goleiro de verdade, errou quando deixou Cuéllar e Juan assistirem a Libertadores do banco, errou quando liberou Damião e disputou uma final de Copa do Brasil com Paquetá de titular, errou quando viu que ZR não conseguiria extrair mais nada da equipe e manteve ele como técnico, errou quando protegeu jogadores que não entregavam publicamente.

Enfim, erros e mais erros, e o planejamento que previa um ano mágico, hoje se debulha e tenta se organizar em meio a um ano trágico.

MARCÃO BETON
O Flamengo errou em dois aspectos para a temporada deste ano. Um erro que se repete durante toda a administração Eduardo Bandeira de Mello consiste em como todos no clube lidam com a derrota. Em diversas oportunidades pudemos perceber que derrotas que eram muito sentidas pela torcida eram minimizadas pela diretoria, comissão técnica e jogadores. O presidente chegou ao ponto de discutir com os torcedores além de responder jornalistas e grupos políticos dentro do Flamengo com um certo tom de arrogância.

Além disso, novamente erramos no planejamento do futebol. Ano passado, todos falaram que, a montagem do elenco no meio do ano, com as competições já em andamento, prejudicaram o desempenho do time.

Nesse ano não foi diferente. O Flamengo contratou Everton Ribeiro, Diego Alves, Geuvânio, Conca e Rhodolfo no meio de 2017. Repetimos a falha e fomos prejudicados na Copa do Brasil, onde não nos foi permitida a utilização dos reforços.

RODRIGO COLI
O ano do Flamengo declinou por duas razões principais: o descompromisso e o mau-planejamento.

Descompromisso por parte da diretoria, comissão técnica e jogadores. Foram muitos os jogos onde a postura do time em campo não dizia respeito à história do Flamengo. A derrota era aceita com passividade, sempre refletida no jogo seguinte. O próprio elenco reconheceu essa falta de entrega quando firmou, antes do último jogo contra o Fluminense, um pacto por maior doação em campo, segundo exposto por Éverton Ribeiro.

Também pecamos no planejamento. Mais uma vez a diretoria opta por trazer nomes de peso na janela de julho, já que o segundo semestre é mais decisivo que o primeiro. Na ânsia de economizar com salários e verbas rescisórias, o Flamengo ignora completamente a importância de uma pré-temporada e do entrosamento entre os jogadores. Ainda além, neste ano, a falta de qualidade pontual de algumas peças do elenco nos custou a Libertadores, perdida no primeiro semestre, e a Copa do Brasil, que já não aceitava mais inscrições tardias.

ANDERSON ALVES
O ano do Flamengo foi decepcionante. Por mais que haja gritaria pelo técnico e jogadores, entendo que o maior problema que enfrentamos foi a saída da Exos de uma parceria que levou o clube de um lugar de pouquíssimas lesões e prevenção intensa à um 2017 cheio de jogadores no DM e estourando lesões. Houve brigas no departamento e saída de membros. Jogadores fundamentais ao nosso tipo de jogo faltaram em momentos decisivos. Podemos relativizar a ausência de Diego na Libertadores, visto que foi uma contusão provocada por entrada, mas seu substitudo não entrou em campo e sua contratação continua injustificável. Estou falando de Conca.

Outro enorme problema que enfrentamos ao longo do ano foi a cumulação do cargo de Vice de Futebol pelo presidente Bandeira de Mello. Este saiu de uma posição em que era idolatrado pela maioria esmagadora dos rubro negros para uma posição de antipatia. Ainda acho que deveria se afastar dos holofotes para salvar o que sobrou de sua imagem. Não teve expertise para lidar com o público, cobranças e imprensa. Suas declarações beiram o amadorismo. Proteger jogadores, manter por teimosia um treinador de goleiros provadamente fraco, se meter em desavenças com torcedores não poderia fazer parte do escopo de suas atribuições, e não faziam. Só ele que não entendeu isso.

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