João Luis Jr.: “Se antes era cedo demais pra reclamar do Flamengo, agora não é mais”

FOTO: ALEXANDRE VIDAL/FLAMENGO

É importante lembrar que era só uma semifinal de Taça Guanabara. E por isso é muito cedo pra queimar treinador, pra crucificar jogador, pra pichar muro da sede, pra tirar certezas absolutas sobre a temporada. Se o Campeonato Carioca é um torneio desorganizado, deficitário e de baixo nível técnico, que não merece ser levado a sério, então a Guanabara é metade disso e não podemos jogar fora todo o planejamento de uma temporada por conta de um gol do atacante “Luciano Ronaldo”.

Mas ao mesmo tempo é importante lembrar que bem, era só uma semifinal de Taça Guanabara. Era um jogo contra o Fluminense, uma equipe tradicional mas de investimento imensamente menor, dentro do Maracanã lotado, com a vantagem do empate. Era uma partida em um torneio desorganizado, deficitário e de baixo nível técnico, onde enfrentamos adversários de qualidade imensamente inferior aos que vamos encontrar no Brasileirão, na Copa do Brasil, na Libertadores. E ainda que não seja hora de decisões precipitadas, críticas pesadas, movimentos bruscos, é preciso reconhecer que o Flamengo tem sim problemas e que eles precisam sim ser solucionados o quanto antes.

Primeiro porque aparentemente não temos padrão tático. Ainda que seja muito cedo para esperar que Abel Braga opere algum tipo de revolução conceitual no elenco rubro-negro, ficou claro na noite dessa quinta-feira que que taticamente o Flamengo não tem nada além de uma vaga ideia geral, lampejos individuais e um senhor idoso com a veia saltada gritando “vaaaaamo poorrra” na beira do campo. Triangulações, infiltrações, jogadas ensaiadas? Não temos. Movimentação eficiente? Não temos. Variações táticas? Não existem. Criação de jogadas? Passe pro lado ocorre, nada acontece, feijoada. É piada pensar em troca de treinador a essa altura, mas não é piada afirmar que Abel precisa, e logo, organizar melhor a equipe do Flamengo em campo.

Depois porque seguimos com vários dos meus problemas individuais que nos afetam faz uma, duas temporadas. Nossas laterais são matadouros de jogadas, nossa zaga não transmite confiança, William Arão segue atuando como se estivesse sendo obrigado pela mãe a entrar em campo. Nada disso é novidade, nada disso é surpreendente, e o fato de ainda estarmos discutindo essas questões em fevereiro de 2019, após o clube gastar 100 milhões em contratações indica que no mínimo algumas decisões questionáveis foram tomadas.

Então, se a derrota contra o Fluminense, tendo a vantagem do empate, com gol de um rapaz que possivelmente recebe por mês o mesmo que o Rodinei gasta com seu plano da NET, servir para alguma coisa, que ela sirva como alerta. Porque ainda é cedo demais para decisões precipitadas, para críticas pesadas, para colocar em risco o projeto do ano. Mas não é, de maneira alguma, cedo demais para concluir que se o Flamengo quiser ganhar alguma coisa em 2019 ele vai precisar melhorar muito, mas muito mesmo. Afinal, já estamos passando raiva, já estamos sendo eliminados e como eu disse, é apenas uma semifinal de Taça Guanabara.

Reprodução: João Luis Jr. | Blog Isso Aqui é Flamengo



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