O caça-fantasmas

Salve, Salve, Nação Mais Linda do Mundo!

Sai zica, xô uruca! Saravá!!! Ontem, enfim, exorcizamos os fantasmas das seguidas desclassificações na fase de grupos da Libertadores da América. O “ghostbuster” ER7 acionou seu canhão de plasma, pulverizou o geléia por duas vezes e garantiu nossa vaga no mata-mata do torneio continental, numa Maracanã a meia carga.

Podemos ressaltar pontos positivos e negativos observados durante a partida de ontem à noite. Quanto à parte boa, devemos ressaltar a franca evolução de Everton Ribeiro. Parece (parece…) que ele está encontrando seu melhor posicionamento, ajudado pelo aprendiz-interino-dublê de técnico Barbieri, que mostra ser uma grata surpresa, fazendo com que o Flamengo, mesmo não jogando o fino da bola, colha resultados compatíveis ao investimento no futebol.

As coisas têm dado muito certo dentro de campo por vários motivos, mas devemos ressaltar que esse elenco abraçou o treinador, optando por ele em detrimento a um medalhão. As equações é simples: 1 – apoio + reconhecimento = motivação e 2 – motivação + desempenho + dedicação = bons resultados. Com o apoio do elenco, as coisas fluem muito mais positivamente, favorecendo atingirmos as metas estabelecidas.

Destaco também as atuações de Diego Alves (está numa fase espetacular), Rodinei (muito dedicado e com um condicionamento físico invejável), Renê (cada vez mais consistente defensivamente) e Cuellar (um monstro onipresente). Além dos quatro, devemos dar muito crédito a Paquetá e a Vinícius Jr. Os dois moleques estão gastando a bola e mostram uma personalidade impressionante.

Os meninos não se escondem do jogo, buscam a bola a todo o momento, dão opção de passe, fazem triangulações, buscam tabelas, recompõem na marcação, enfim, fazem tudo aquilo que esperamos de jogadores mais maduros. Mas também são mais instáveis, alternando bons e maus momentos durante as partidas e suscetíveis a orientações e ajustes de conduta esportiva pelos mais experientes ao longo dos jogos. Paquetá foi um exemplo muito claro no jogo de ontem. Prendeu a bola e tentou alguns dribles quando não devia. Também foi displicente em vários momentos. É o preço da imaturidade.

Em relação ao Diego, o camisa 10 da Gávea, podemos ressaltar que tem lutado muito, mas não vem entregando o desempenho que se espera, aliás isso vem ocorrendo há algum tempo. Não podemos dizer que tenha sido um desastre na partida de ontem, longe disso, mas destoou do restante da equipe. Decidiu jogadas erradamente, onde deu passes laterais invés de verticalizar, atrasando algumas transições e reteve a bola em demasia, o que irritou grande parte da torcida.

Isso já vem acontecendo há algum tempo, e ele tem se mostrado propício a mudar suas características, mas devemos fazer uma ponderação que me chamou atenção no jogo de ontem. Em algumas vezes, nas proximidades da área, VJR deu opção de passe com posicionamento preciso para receber a bola e finalizar, mas Diego não passou a bola, preferindo fintar e bater pro gol, mesmo com marcação mais apertada.

O moleque não se fez de rogado e meteu a boca, literalmente, no meia. Além destas observações, Paquetá também reclamou (com menor intensidade, é verdade) com Diego sobre a morosidade na saída de bola, na hora da transição ofensiva. Isso denota credibilidade às críticas feitas ao jogador. Elas são pertinentes e apenas são feitas por sermos sabedores de que Diego pode render muito mais do que tem rendido ultimamente. É fato: cobramos de quem sabemos que pode entregar. Simples assim.

De maneira geral, o resultado foi excelente. Muito além dele, afastamos essa incômoda barreira virtual na fase de grupos. Passamos de fase (ainda não sabemos se em primeiro ou em segundo lugar do grupo) e tudo caminha melhor quando os resultados aparecem, mesmo assim devemos destacar que o time não apresentou um bom futebol durante o jogo.

Defesa lenta, espaçamento demasiado entre as linhas e péssimo poder de finalização acendem a luz de alerta neste time do Flamengo. Precisamos encontrar uma forma tática mais consistente para seguir no trabalho. É continuar trabalhando para ajeitar a equipe no intuito de apresentarmos um futebol mais consistente ao longo dos noventa minutos.

Linhas mais aproximadas, compactação da equipe, ataque sem posicionamento fixo, transição eficiente e, maior poder de aproveitamento nas finalizações. Reitero que, em minha opinião, nosso péssimo poder de finalização tem sido preponderante para impedir melhores resultados ao longo das temporadas. Já tenho observado isso há pelo menos dois anos. Se esse defeito tivesse sido corrigido, certamente teríamos logrado êxito em competições cujas quais fomos desclassificados precocemente.

Mas isso é uma coisa a ser trabalhada (com muito afinco) no decorrer da temporada. Poderíamos aproveitar esse período de Copa do Mundo e aprimorar esse fundamento através de treinos de repetição com todos os atletas, para que num breve futuro possamos entrar mais calibrados em campo e dar muito mais alegrias a esta torcida maravilhosa.

Tenho certeza que, com os resultados aparecendo, as coisas tendam a mudar positivamente. A tranquilidade reinará para que o trabalho continue e a calmaria propiciará a colheita de frutos fartos e tenros. Aguardemos e torçamos para que nossa evolução esportiva apareça o mais breve. Agora devemos focar totalmente no Brasileirão para darmos um sapeca-iá-iá nos vices no próximo sábado e continuarmos liderando a tábua de classificação. Vai pra cima deles Mengo!!!

O Flamengo simplesmente é!
Saudações rubro-negras a todos!

Fabio Monken
Twitter: @fabio_monken

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